A busca pela luz interior

A verdade invisível se torna transparente durante a meditação, acende uma vela na escuridão da dúvida e soluciona os problemas que pareciam estar sem possibilidades.

Neste estado evoluído de existência podemos ver além da rotina.

Depois de muitas vidas de práticas espirituais em busca da luz interior, o grande iogue - o Sadhu Esquelético - despertou certa manhã sentindo ondas magnéticas penetrarem em seu peito aberto. Percebeu seus poderes de cura ampliarem, viu uma estranha luz esmeralda percorrendo suas partículas corporais da palma das mãos e da sola dos pés. Em um primeiro momento achou que era miopia, pois há séculos não visitava o oculista, mas depois percebeu que quando aprofundava suas práticas iogues estas vibrações coloridas expandiam em ondas circulares.

O sábio asceta não teve dúvida, pegou seu cajado de peroba rosa e fez sete círculos simétricos no vácuo. Em alguns centésimos de segundos um portal se abriu e através desta janela ele pôde ver uma nova dimensão em um plano espiritual superior: seres completamente azuis circulavam de um lado para o outro em suas rotinas astrais.

Tudo era constituído de cristal! Quando estes seres divinos queriam se alimentar tocavam os minerais que brilhavam em cores diferentes de acordo com os nutrientes necessários a cada ser. A vida era de tal modo integrada! Eles se amavam e se fundiam em uma enorme bola de luz gozando a vida em piruetas aéreas em volta do cosmos.

Inebriado, o Sadhu fechou o portal e abriu os olhos. Escreveu no pergaminho: “buscar a luz divina é conectar- se com o ser interior e deixá-la irradiar para que todos ao redor possam sentir a maravilhosa shakti que permeia o Universo. Esta energia é amor, amor puro, sublime, proveniente de Deus. Sem discórdia, sem prisão, a fonte do amor é a liberdade da alma, a purificação do medo e da angústia. Acender a luz interior diariamente é meditação.

Lapidar a alma é não criar expectativas, ser feliz no momento presente, agradecer diariamente toda a sorte e fortuna que recebemos da vida, poder retribuir passando adiante os ensinamentos dos seres evoluídos. Ver Deus nos outros criando relações recíprocas de humildade, carinho e respeito. Buscar Deus nos pequenos atos de sua vida”. 

O Sadhu estendeu o pergaminho enquanto vibrava com a certeza de que a chave da verdade habita o coração.

Antonio Tigre.






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