A busca pela felicidade na sociedade contemporânea

[Retirado de www.enirvana.com.br/blog]

Momento de Reflexão

23/05/2009

Texto enviado pelo professor Antônio Tigre. Vale a pena ler!


A busca pela felicidade na sociedade contemporânea


Desde que nascemos, aprendemos que a felicidade é algo a ser encontrado, sendo que a estrutura de nossa sociedade nos leva a procurar por esta felicidade nos lugares errados, no mundo dos desejos, no universo dos sentidos. E esta busca acaba se tornando incessante, pois nunca estamos satisfeitos, os desejos nunca acabam.

Podemos procurar nas montanhas mais altas, nos prazeres mais saborosos, nos bens materiais mais caros, em uma linda namorada ou, mesmo, em um trabalho de sucesso. Esta felicidade dura alguns instantes, talvez um pouco mais, porém, rapidamente, você já esta buscando uma nova forma de saciar a sede interminável dos desejos. Enquanto isso, a fonte de felicidade está jorrando em nossos corações. Não é preciso abandonar o mundo para desfrutar do êxtase interior, basta manter a consciência de que nada neste planeta é mais importante do que entrar em contato com o amor que habita nossos corações. Através de práticas espirituais, você se conecta com o seu ser interior e consegue desfrutar da felicidade pura e plena.

Todo o ser humano quer ser feliz. A sociedade, entretanto, ensina os valores do capital material, desde os primórdios de nossa existência. Para a sociedade onde vivemos, a felicidade está ligada ao sucesso, às riquezas materiais, ao poder. E aprendemos que devemos superar nossos adversários, ser o mais forte, o mais inteligente. Que caminho é esse que estamos seguindo? Os desejos são tantos que nos vemos imersos em angústia, tristeza e insatisfação por não podermos alcançar a todos.

Através da yoga, aprendemos a viver em harmonia com o próximo e descobrimos que, destruindo o outro, estamos destruindo a nós mesmos. Quanto mais compaixão doamos para o universo, mais dele recebemos. Viver em sintonia com as pessoas ao nosso redor é encontrar um equilíbrio próprio.

Baba Muktananda andava pelas ruas cumprimentado a todos com muito entusiasmo. Acolhia as pessoas abertamente, pois, quando olhava para elas, via o Templo de Deus. Não importava quem olhasse, via somente a Casa do Divino. Com o Baba, aprendemos que não devemos nos identificar simplesmente com o corpo físico, ou muito menos tratá-lo como um amontoado de carne e ossos, pois em ambos os casos, estamos apenas lidando com as facetas do ego. O corpo nos serve como uma ferramenta para encontrar a felicidade plena, a morada do espírito.

A Natureza está sempre se renovando e se transformando, quando uma folha murcha e cai, abre espaço para uma nova forma de vida se manifestar. Da mesma maneira, estando o ser humano em constante renovação, novas idéias só poderão surgir quando abrirmos mão das antigas. Renovar é tornar a mente flexível para flexibilizarmos o corpo físico. Através deste processo, curamos dores antigas e purificamos as doenças incompreensíveis que estavam armazenadas por muitas vidas.

Abrir-se para a yoga é adquirir uma nova compreensão do sentido da vida, o caminho que estamos seguindo. É aprender a lidar com estas angústias, dores e dificuldades que vivenciamos no plano terrestre.

Quando olhamos para dentro, podemos descobrir um universo tão grande quando o universo exterior, infinito. Dentro de cada um de nós existe um portal que, quando aberto, nos conecta com a fonte da felicidade - o despertar da Kundalini, a serpente adormecida na base da nossa coluna vertebral. Através da meditação, a serpente pode se elevar até o topo da cabeça, estabelecendo a nossa união com o universo cósmico. Quando meditamos, a diferença entre o forte e o fraco, o dentro e fora, o feliz e o triste deixa de existir. Uma revolução começa em nosso interior para mudar a forma como interagimos com o ambiente externo.


Saudações aos Templos de Deus!


Antonio Tigre

www.enirvana.com.br


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